aula de campo sobre os NEGROS DO RIACHO em Currais Novos cidade do Rio Grande do Norte fiquei muito surpresa ao ver apenas as cerâmicas produzida por aquelas pessoas tão importantes para nossa formação brasileira. A aula de campo faz parte do curso de pós-graduação HISTÓRIA _ CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA. O que me chamou atenção foi a ausência de sua religião, percebi o quanto aquele povo é dominado. Perderam a maior parte de sua originalidade infelizmente, deixando a cultura ocidental sobrepor-se a sua. Observei as perguntas de uma das alunas que veio da UEFRN de Natal/RN fez a pergunta sobre a perspectiva de vida sobre a vida desse povo a entrevista respondeu que alguns casaram-se com outras pessoas e saíram de lá, mas eu esperava que respondesse algo mais surpreende estudou e está resgatando os valores culturais de sua cultura.
eu ficaria feliz ouvindo isso, mas infelizmente pessoas que moram exorbitadas jamais serão ouvidas e vistas como gente. Um dos moradores da comunidade disse que os políticos só
Apelido do ceramista |
aparecem de quatro em quatro anos para pedir votos. Não há nenhum projeto no MINISTÉRIO DE CULTURA que RIO GRANDE DO NORTE tenha elaborado foi o que ouvi nos desabafos do rapaz que nos recepcionou. O lugar onde esse povo mora é absolutamente áspero para seres humanos, apenas a vegetação e alguns animais podem resistir é um deserto sem areias secas, mas um solo seco e
brilhantes por lindas pedras que descamam-se na caatinga. Aqui e acolá é que enxergamos algum lugar de vegetação verde. Esse povo necessita de
pessoas que ajudem a buscarem suas raízes não apenas na cerâmica, mas na sua religião. O eurocentrismo chegou e abafou impondo a religião católica e evangélica, essa gente sofre muito ainda, que amor tem esse povo que se diz cristão? E além do mais, é um eurocentrismo arcaico ( do passado). Para as pessoas que apenas visitam é bonito de se ver mas para os que habitam nesse ambiente é muita resistência a lei da mãe natureza. Encontramos ossos de animais que não resistiram as fortes secas e um solo de muita dureza. Mas, cheguei
em uma casa e bebi uma deliciosa água de posso bem gelada trazida num copo de alumínio caprichosamente limpo e brilhando por uma agradável senhora de um local mais agraciado de se morar.
Vamos observar o sincretismo e predomínio do cristianismo até os
dias atuais na cultura afro-brasileira. tudo bem, mas que seja lembrada a cultura dessa gente, ela faz parte da formação da família brasileira. Percebi a coroa e o rosário como predominância da cultura dos colonizadores. Demonstra que quem mandava e ainda manda é o eurocentrismo ferrenho sempre se achando superior. Mas agora não temais jeito porque quando fazemos críticas sobre a imposição das religiões
cristãs católicas e evangélicas é para sair quase linchado. Mas não tenho medo de expor meu pensamento filosófico, antropológico e tudo que for intelectual. O senso comum jamais me compreenderá, mas a verdade é que sei das tramas dos dominadores ideológicos. Eu penso num mundo que respeite o espaço do outro, mas isso não é possível porque sempre os que se acham que sua cultura é mais superior que a outra procura empurrar de
Eu com Elenice Oliveira de Jardim do Seridó |
garganta abaixo a sua, infelizmente é sempre assim. Ainda acredito que possa mudar se alguns jovens estudarem e começarem a resgatar suas culturas por meio dos conhecimentos científicos contemporâneos. Essa linda jovem negra é uma joia rara que pode melhorar resgatando a história do passado do seu povo. Ela me recebeu e também nossos colegas, explicando um pouco da cultura do seu povo coisa que todo jovem negro deveria valorizar. Nós de modo geral devemos valorizar a cultura afro-brasileira em tudo por tudo, pois é uma dívida que jamais será paga. Cabem-nos nos sensibilizarmos e tomando
consciência de sua religião também, e não abafar como se fosse
uma coisa que nunca existiu. A cultura que não expressa tudo que há nela é absolutamente incompleta, principalmente as suas crenças religiosas. Portanto, o que afirmo é para mexer com quem não respeita as diversidades culturais segundo suas etnias. Sou árdua como sol de Currais Novos, áspera como a vegetação da caatinga, rara como a água e forte como os Negros do Riacho e os animais que habitam por lá.
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