sábado, 4 de abril de 2015

DEUSAS ANTIGAS: Ostara

DEUSAS ANTIGAS: Ostara: Ostara é uma deusa anglo-saxã teutônica da mitologia nórdica e germânica, seu nome significa a
Deusa da Aurora, conhecida também como Eostre...

Essa deusa segundo sua lenda gostava de brincar com as crianças fazendo encantamentos ou cantar entretendo as crianças. Ela tinha poderes durante a primavera. Um certo dia um pássaro pousou em uma de suas mãos e logo ela encantou o pássaro transformando em um lindo lebre. Mas, com o passar dos dias as crianças perceberam que o lebre andava muito triste. Então, as pequeninas ao perceber tamanha tristeza do animal, pediram a Ostara que o transformasse outra vez em sua forma original. Ostara tentou desencantar o animal, mas não conseguiu porque no período de inverno ela não possuía tanto poder. A deusa teve que esperar a primavera chegar para que seus poderes de

O coelho e o lebre são diferentes
encantamento funcionassem outra vez. Assim que, a primavera chegou a deusa transformou o lebre em pássaro novamente. A ave ficou tão grata que  resolveu botar ovos e depois pintá-los para presentear as crianças do mundo inteiro. O lebre  era um dos animais prediletos dessa deusa, por isso, ela teve a ideia de transformar o pássaro em lebre. Também conta-se que, a deusa Ostara entalhou a figura de um lebre na lua para que todas as pessoas possam ver e refletir que 
A deusa Ostara é representada de várias maneiras
dependendo da criatividade
de cada artista
não devemos interferir no livre arbítrio de ninguém. Essa deusa é celebrada no hemisfério sul em 21 de setembro e 21 de março no hemisfério norte: ela é a deusa da primavera, da ressurreição, da beleza e da pureza. Ostara pertence ao paganismo, mas os cristianismo adaptou a lenda  dessa deusa por questões de banir as religiões dos camponeses que os achavam rudes, sem conhecimentos eruditos. Busco mesclar meus conhecimentos juntos aos que tem propriedade do assunto, essa lenda não pertence a nossa cultura brasileira, mas é necessário que as pessoas conheçam a verdadeira origem de cada coisa no mundo. Minha tarefa é divulgar o que muitos não conhece,
Ovo de avestruz decorado por
Valdélia de Barros da Rocha
Título: Ostara
sou arte-educadora e acredito no meu poder de transformar mentes brilhantes. Meu papel não é doutrinar, é mediar conhecimentos por meio da arte e da filosofia. Quem nega a origem de cada cultura são os que querem se beneficiar de delas. Não acho interessante ocultar a verdade para se tirar proveito de outros. Graças aos conhecimentos que ampliei sou uma mulher que é aberta para compreender o mundo de acordo com suas diversidades. 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Capítulo 7 _ A arte cristã primitiva

     Após a morte de Jesus Cristo, seus discípulos passaram a divulgar seus ensinamentos. Inicialmente, essa divulgação restringiu-se à Judeia, província romana onde Jesus viveu e morreu, mas depois, a comunidade cristã começou a dispersar-se por várias regiões do Império Romano. 
      No ano de 64, no governo do imperador Nero, deu-se a primeira perseguição aos cristãos. Num espaço de 249 anos, eles foram perseguidos mais nove vezes: a última e a mais violenta dessas perseguições ocorreu entre 303 e 305, sob o governo de Diocleciano.
      

A arte das catacumbas


       Por causa dessas perseguições, os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mortos em galerias subterrâneas, denominadas catacumbas. Dentro dessas galerias, o espaço destinado a receber o corpo das pessoas era pequeno. Os mártires, porém, eram sepultados em locais maiores, que passaram a receber em seu teto e em suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura cristã.


Capela grega das catacumbas de
Priscila, em Roma ( século II)
  Inicialmente, essas pinturas limitavam-se a representação dos símbolos cristãos: a cruz _ símbolo do sacrifício de Cristo; a palma _ símbolo do martírio; a âncora _ símbolo da salvação; e o peixe _ símbolo preferido dos artistas cristãos, pois as letras da palavra "peixe", em grego (ichtys), coincidiam com a letra inicial de cada uma das palavras da expressão Iesous Christus, Theou Yios, Soter , que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador".
    Essas pituras cristãs também evoluíram e, mais tarde, começaram a aparecer cenas do Antigo e do Novo Testamento. Mas o tema predileto dos artistas cristãos era a figura de Jesus Cristo, o Redentor, representando como o Bom Pastor.
Bom Pastor, Pintura mural das catacumbas de Priscila, em Roma (século II)
       É importante notar que essa arte cristã primitiva não era executada por grandes artistas, mas por homens do povo, convertidos à nova religião. Daí sua forma rude, às vezes grosseira, mas, sobretudo, muito simples.
               
Pintura mural das
catacumbas de
São Calixto,  em
Roma (século II).


A arte do cristianismo oficial
           

      As perseguições aos cristãos foram aos poucos diminuindo até que, em 313, o Imperador Constantino permitiu que o cristianismo fosse livremente professado e converteu-se à religião cristã. Sem as restrições do governo de Roma, o cristianismo expandiu-se muito, principalmente nas cidades, e, em 391, o Imperador Teodósio oficializou-o como a religião do império.
              Começaram a surgir então os primeiros templos cristãos. Externamente, esses templos mantiveram as características da construção romana destinada à administração da justiça e chegaram mesmo a conservar o seu nome _ basílica. Já internamente, como era muito grande o número de pessoas convertidas à nova religião, os construtores procuraram construir criar espaços amplos e ornamentar as paredes com pinturas e mosaicos que ensinavam os mistérios da fé aos novos cristãos e contribuíram para o aprimoramento de sua espiritualidade. Além disso, o espaço interno foi organizado de acordo com as exigências do culto.
     
Basílica de Santa Sabina, em Roma (422-432)
       A basílica de Santa Sabina , construída em Roma entre 422 e 432, por exemplo, apresenta uma nave central ampla, pois aí ficavam os fiéis durante as cerimônias religiosas. Esse espaço é limitado nas laterais por uma sequência de colunas com capitel coríntio, combinadas com belos arcos romanos. A nave central termina num arco, chamado arco triunfal , e é isolada do altar-mor por uma abside, recinto semicircular situado na extremidade do templo. Tanto o arco triunfal como o teto da abside foram recobertos com pinturas retratando personagens e cenas da história cristã.


O cristianismo e a arte

   Toda essa arte cristã primitiva, primeiramente tosca e simples nas catacumbas e depois mais rica e amadurecida nas primeiras basílicas, prenuncia as mudanças que marcarão uma nova época na história da humanidade.
    Como vimos, a arte cristã que surge nas catacumbas em Roma não é feita pelos grandes artistas romanos, mas por simples artesãos. Por isso, não tem as mesmas qualidades estéticas da arte pagã. Mas as pinturas das catacumbas já são indicadoras do comprometimento entre a arte e a doutrina cristã, que será cada vez maior e se firmará na Idade Média. 

(Maria das Graças Vieira Proença dos Santos _ História da Arte)





A arte de pensar por meio da Arte

Quem pesquisa, ler e estuda tem a capacidade de se libertar das amarras da ignorância, conhecendo a fundo o enredo e tramas das histórias mais remotas ao seu tempo em que vive. Este belíssimo
texto da Graça Proença é bem interessante porque narra como surgiu o cristianismo e sua arte, mas também detalha os significados de cada simbolismo cristão e as inicias do nome de Jesus Cristo. Mas, o que é mais interessante é que isso favorece um conhecimento onde não é explicado em igreja nenhuma, até porquê a igreja não tem interesse em ensinar, seu papel é doutrinar e manter seus fiéis a não saber disso. Gosto muito de mostrar esse texto da autora Graça Proença em minhas aulas de Arte. Pois os alunos acham muito interessante porque eles ganham informações que jamais iriam aprender com seus pais ou na rua. É muito bom formar pensadores, o papel do professor é mediar provocando um senso crítico construtivo, mas muitas vezes há um certo desconforto que desloca o educando do seu nível cômodo para um método investigativo, aquele que faz pensar filosoficamente sobre as coisas que o rodeia. Portanto, ensinar Arte é ensinar a pensar.