domingo, 30 de novembro de 2014

Educando e conscientizando por meio da Arte e Filosofia

Vejo que, só a Educação, Arte e Filosofia podem transformar um mundo melhor sem  pré-conceitos (preconceitos) que marginalizam tanto as etnias e grupos sociais, etc.. Dia 29 de dezembro de 2014, fiz uma performance com letras musicais da religião Umbanda para mostrar para as pessoas que nossa cultura precisa ser mostrada e valorizada por meio da educação e arte, para conscientizar as pessoas de que o Brasil é um país de etnia híbrida, e nela está as crenças religiosas que foram abafadas pelos donos do poderio dos séculos XVII e ainda até os dias atuais onde pessoas com interesses comerciais tentam impor suas crenças em aldeias indígenas e também abafar as religiões afro-brasileiras. Os indígenas ainda sofrem abusos de evangélicos querendo impor sua crença religiosa aos índios, coisa que não deveria acontecer mais. Deixem os índios cultuarem o Deus Tupã, esse é associado a natureza! Não generalizando, mas há muitas igrejas evangélicas que depreciam as entidades afro-brasileiras e as pessoas que as cultuam. É um equívoco absurdo acontecer isso na nossa contemporaneidade. Basta o que os jesuítas fizeram! Estragaram a memória religiosa dos indígenas e dos negros também. Se as pessoas estudassem e soubessem bem do enredo da história do poder para dominar o outro jamais iriam valorizar tanto o eurocentrismo principalmente quando se trata do período medieval que se perpetuou sutilmente aqui no Brasil para que ninguém percebesse. Mas, há muitos intelectuais de boa fé que buscam resgatar e valorizar as raízes do nosso país. Portanto, estou fazendo uma especialização cujo curso é História _ Cultura Africana e Afro-brasileira que fortalecerá ainda mais meu interesse em resgatar nossas raízes e também erradicar preconceitos que afetam as etnias de povos que contribuíram com nossa formação cultural de modo geral. Salve tupã! Axé! Saravá!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

GENTE GENUINAMENTE BRASILEIRA

Domingo dia 9 de novembro tive a honra de conhecer uma aldeia indígena, cujo nome Borel e os índios habitantes da mesma são
Estou sentada com o cocá do meu amigo índio
Júnior da Mestra Paulina
e ao lado uma amiga índia.
denominados de Potiguara. Fico imaginando quantos  brasileiros não sabem nada sobre o índio contemporâneo, pensam que ainda eles vivem nus e moram em ocas. Ao ser convidada pelo senhor índio e zelador de santo da umbanda do templo Caboclo de Oxossi pude ter o prazer de participar de um ritual do toré como também aprender a conhecer melhor pessoas tão brasilianas ou brasileiras como pronuncia-se atualmente. Nossa! Como é bom sair daquelas velhas estórias narradas por autores de livros tendenciosos que puxam o saco do europeu, que intencionalmente influenciou nossa gente genuinamente brasileira, pondo valores culturais estrangeiros que nunca mais sairá do meio dessa gente tão dignas de respeito a sua identidade étnica e cultura. O povo indígena sempre foi muito receptivos, por essa razão, é testemunha essa prática basta-nos visitá-los para constatar sua gentileza. Estou muito feliz por está agora em contato com pessoas tão verdadeiramente brasileiras. As pessoas e meus alunos perguntam coisas, por exemplo, se o índio vive nu, se come carne crua, coisas desse gênero por ter tido apenas acesso a velha e coroca literatura ocidentalizada. Então, digo a
O delicioso café da índia Geralda _ seu maravilhoso café que
tomei com beiju de mandioca mole.
Hummmm que delícia saboreei!
todos que me perguntam essas coisas tão ultrapassadas que, assim como, os índios foram violentados culturalmente e sexualmente, vivem vestidos, não moram mais em ocas, são atualizados nas tecnologias contemporâneas, possui seu carro, sua moto se alimentam como nós que muitas vezes se achamos muito "importantes". E é louvável o índio evoluir igualmente as demais etnias, porque eles foram influenciados pela cultura europeia e a qual eles ainda tem muito apreço, basta-nos vê-los falando em seus rituais ao Deus Tupã, que primeiramente falam no deus do cristianismo o qual foi forçosamente aprendido  pela catequese do padres jesuítas. Não só o negro fez e faz o sincretismo em suas crenças, mas os índios tolerantes aos absurdos eurocêntrico também fez e faz o sincretismo religioso com a religião cristã. Vejo que essa gente é muito mais que tolerantes, ela é de vanguarda porque aceitou algo que não é seu. Na verdade, com toda a sabedoria que os índio possuem além do amor a MÃE TERRA, acredito que os jovens índios devem estudar para resgatar seus valores culturais sobretudo sua religião que cultua o deus da raiz, da casca, da folha, da chuva. Mas que seja isso feito para que sua
Eu de blusa vermelha com pintura corporal no ritual do Toré _
invocando a deus Tupã a chuva. Estava dançando em circulo
com os demais indígenas e pessoas convidadas
pelo Sr. Ubiratan de Oxossi (índio que coordenou o Toré ).

cultura não morra no esquecimento, pois o homem branco ( europeu ) já estragou muito parte de sua cultura, principalmente na religião onde é tido a natureza como deusa viva e muito respeitada. Ouvi o cacique Francisco falando sobre que já pensava a respeito disso que já falei. Então ressaltei para que saibam o que ele falou é sabiamente bem pensado, e concordo plenamente com ele. Os nomes dos índios também foi outra grave influência que antes eram nomes relacionados a natureza, por exemplo, Jurema, Ubiratan nome que significa o nome da árvore pau-ferro e dentre outros. Seus nomes, por exemplo, Francisco, Maria, Geralda, Tiago e etc. são nomes dados ao índios no perídio ao qual os europeus invadiram o Brasil e colocaram nomes que não

tinha nada a ver com a cultura indígena. Os índios valorizavam a natureza, até seus nomes eram referente a plantas e seu deus Tupã. Que os jovens índios estudem e busquem aprender a resgatar sua cultura sem deixar de buscar o conhecimento científico, pois esse, é muito espinhoso, mas pode-se somar aos que já sabem. Portanto, tenho muito orgulho de ter amigos indígenas, espero contribuir por meio de minha amizade fortalecer sua sabedoria para que não esqueçam sua identidade cultural.