segunda-feira, 28 de abril de 2014

A arte e a religião africana se passa por aqui

Iemanjá _ Natal/RN
De modo geral, a arte e a religião africana é muito discriminada em nosso país. O povo brasileiro desconhecem a verdadeira história do povo africano que chegaram ao nosso país trazendo seus costumes, crenças e sua arte por meio do tráfico dos espertos portugueses com a saga de dominar os povos que já habitavam em nosso país _ os índios. E além disso, acharam pouco e começaram a traficar os negros vencido de guerras na África e os trouxeram para tornarem  escravisados. Quando menciono a palavra escravisados tenho propriedade ao falar dessa maneira, porque estou tendo conhecimento através do curso de
especialização Cultura Africana e Afro-brasileira que esclarece muito sobre as verdades e mentiras sobre o povo do continente africano, por exemplo, que os negros eram escravos, na verdade, eles não eram escravos, mas ao ser vencidos em uma batalha com outra tribo eles eram vendidos, tornavam-se  produtos comercializados da tribo vencedora que tirou proveito da derrota da tribo oposta.Os negros contribuíram muito para a formação do povo brasileiro com o fruto de seu suor e sangue, temos muitos costumes, por exemplo, no modo de falar, no modo de se manifestar no carnaval, na música e no gostar de um alimento condimentado, nos contos folclóricos, na crença em divindades sobrenaturais. Mas ressalto que, os orixás são ligados as forças da natureza, e isso o cristianismos nega o estreitamento do
Em êxtase em sua crença 
divino com a natureza, tenho observado essa valorização da natureza na religião afro-brasileira que provém das raízes africana. Infelizmente vieram os portugueses e depois os jesuítas para impor o que lhe era conveniente: os portugueses queriam as bem-feitorias do negro e os jesuítas empurrar suas doutrinas católicas aos índios e depois aos negros, e para esses "toleram" para poder continuar sua existência, por isso, fizeram o sincretismo fundido suas crenças africanas com as ocidentalizadas.Às vezes dou valor ao indígena por ter sido mais resistentes aos jesuítas, mas o
Exú _ Deus da Terra e do universo
pior aconteceu a esse povo que foi dizimado em grande proporção, atualmente temos poucas pessoas dessa etnia e tudo ocorreu devido sua rigidez por não aceitar coisas impostas por outro povo, os colonizadores portugueses e sobretudo os jesuítas. Fala-se muito em ato ecumênico, mas é a penas da boca para fora, é raro se ver  o candomblé e umbanda participar de um evento religioso como esse, isso não acontece porque até mesmos as pessoas do senso comum não admitem se realizar tal coisa. A compreensão é o respeito que se faz engendrar a união, e com isso, poderia nascer um mundo melhor. Tudo é crença em algo que não vemos, portanto é bom tomarmos consciência do que é preconceito. Não sigo religião nenhuma, mas respeito aos que acreditam e espero ser respeitada também. As religiões foram a primeira forma do ser humano interpretar o mundo. A arte é aliada na representação do visível e invisível.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Nosso melhor amigo

Eu e minha linda Amelinha 
O cachorro é um velho amigo milenar, nos acompanha a vida toda, sabe nos perdoar mesmo quando o ofendemos. Esse animal era para ser considerado o símbolo do perdão como denomina o cristianismo essa palavra. Observo as virtudes desse animal e não troco pela dos seres humanos que sempre querem algo em troca. O cão prefere muito mais nosso afeto do que qualquer outra coisa. Amelinha é minha melhor amiga até digo que errei ao colocar seu nome porque aonde vou ela me segue dentro de casa, às vezes digo para ela que deveria tem colocado seu nome de Minha Sombra ou Sombra Branca. Ela anda lado a lado comigo e quando chego do trabalho
Que coisa sublime!
vai logo procurando saber em qual parte da casa estou. Acho que todo ser humano deveria experimentar o amor de um cão, pois ele sabe reconhecer o amor e a gratidão. É abominável quem não sabe respeitar os animais e principalmente o cão que é nosso  maior amigo e, é mais educado que certas crianças de  hoje em dia. Quando você ver um cão estranhando você é porque seu dono não soube educá-lo, pois, esse animal sendo educado ele é mais obediente do que uma criança. Amelinha detesta ficar no quintal, mas quando digo que vou trabalhar ela sai de orelhinha murcha e caudinha baixa, e, eu em seguida dou-lhe um beijo em sua cabeça, fecho a porta e vou embora cumprir com minhas obrigações pedagógicas. Não sou de ficar impondo a minha cadela a usar roupas e colocar perfume todas às vezes que ela toma banho. O animal gosta de sentir o cheiro natural, andar descalço: também o olfato pode perde a
Acorrentado em uma janela!
sensibilidade, evito essas bobagens do ser humano. É óbvio que, uma vez ou outra eu coloco uma colônia pet, mas só quando vamos passear _ ela deixa eu passar, mas suporta a força porque com certeza o cheiro para ela é desagradável. Acho triste ver os cães acorrentados, tem deles que ficam presos até dentro de casa, é um absurdo!Seus donos não souberam o educar e os mantêm assim afastado das pessoas, os tornando violentos por causa do estresse causada pela rotineira vida sedentária e a falta de contato. Esse cachorro que estava acorrentado em uma janela pertence a uma amiga, fico muito incomodada  ao ver esses bichinhos tão limitados em seu espaço. Outro dia vi também uma
cadela amarrada num portão de uma casa na mesma rua em que moro, fiquei também muito triste ao ver a coitadinha acorrentada num ambiente que deveria está solta e não na condição como ela estava. O nome da cadela é Pakita.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

O ser humano está sempre invadindo a liberdade da natureza...

Sou contra o Projeto que proíbe os cães só circularem pátios de focinheira, enforcador e só circularem em locais isolados. Como um cão aprenderá a  socializar com o ser humano? O cachorro precisa
Observem o olhar desse cachorro.
de está em contado com todos os humanos e não restringir-se apenas a seu dono. Acho isso um  absurdo,
Quanta delicadeza e inocência!
existem políticos mais perigosos do que os cães e esses o povo não coloca focinheiras, enforcador e  nem restringem seu espaço de caminhar. Quem tem um cão
como seu melhor amigo jamais irá aceitar tamanha malvadeza. Não  são todos os cães que são agressivos. Mesmos os que são violentos
merece um treinamento de
educação, não só para o pobre cão, mas também para seu dono que o educou mantendo preso durante o dia inteiro. Olhem para o olhar dos nossos amigos e vejam como clamam por liberdade de correr, latir, fazer suas necessidades fisiológicas. O ser humano está sempre
invadido a liberdade da natureza, enquanto ele estiver se achando dono de tudo jamais teremos um mundo humanizado. Ainda bem
que a Associação Protetora dos Animais (PRO-ANIMA) criou abaixo-assinado virtual para pedir ao governador que vete a lei. Os brasilienses reclamam do Projeto. O ser humano quer sempre mais espaço: é na terra, no mar, no céu e nunca para de delimitar espaço para se beneficiar. Pensem mais, diminuam o egoísmo, sejam
Vejam que satisfação!
sensatos com a natureza. Vamos ampliar espaços; o planeta Terra é de todos nós; principalmente dos animais que vieram primeiro que nós. O governador Angelo Queiroz tem que pensar melhor sobre esse sofrimento de privar os animais
até de circular além dos abusos de enforcadores e focinheiras. 

domingo, 20 de abril de 2014

Como aprendemos mentiras nos livros escolares ocidentalizados!

Tiradentes- a verdadeira história 


Segundo o escritor francês Balzac, há duas histórias: a Oficial, que é mentirosa e a Verdadeira, que é secreta. Com abertura
democrática de nosso país, cada vez mais vamos sabendo de coisas que são diferentes daquelas aprendidas na escola. Uma delas é a
respeito de Tiradentes. 
Tiradentes não usava nem barba e nem bigode. Esta imitação de Cristo, foi feita há tempos e sacramentada através da Lei Federal 4897 de 1966 pelo presidente Castelo Branco, quando foi definido a imagem com barba e cabelos longos de Tiradentes. 
Poucos sabem que Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como 
Tiradentes, era maçom, bem como quase a totalidade dos líderes do movimento de independência. O movimento de independência tinha como caráter principal três províncias do Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que o resto do país deveria acompanhar as três províncias citadas. 
A Inconfidência Mineira começou emVila Rica, que era a cidade 
mais rica de Minas Gerais, tendo uma vida praticamente européia com orquestras, teatros e grupos literários. 
Em 1756 houve um grande terremoto em Portugal que destruiu quase que toda a cidade de Lisboa. E quem arcou com os custos foi o Brasil, pois o Marques de Pombal impôs uma cobrança sobre o ouro de 1/5 sobre o peso do mesmo que deveria ser mandado a Portugal por um prazo de 10 anos consecutivos. Como sempre no Brasil, tudo que é definitivo é provisório e o que é provisório é de finitivo. Assim a cobrança do ouro durou 60 anos. O que houve foi que as minas de ouro em Vila Rica esgotaram-se e os mineiros não tinham mais como pagar o quinto de imposto. Para piorar, como o ouro estava diminuindo, Portugal estabeleceu uma cota fixa para Vila Rica, devendo ser arrecadado de qualquer maneira 1.500kg de ouro por ano, não importando a quantidade de produção. 
Na verdade ninguém sabe quem foi o verdadeiro líder da revolução, mas não há dúvida que foi um movimento maçônico que lutava pela independência do Brasil, contando com homens como o Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, o engenheiro químico  Dr. José Alvares Maciel, o poeta e coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, o poeta e magistrado Tomaz Antônio Gonzaga
(autor das Cartas Chilenas e do poema Marília de Dirceu) e outros. 
O delator Joaquim Silvério dos Reis sofreu um atentado no Rio de 
Janeiro e foi perseguido em Minas Gerais. Foi para Portugal onde foi homenageado e recebeu alta condecoração do governo português, ganhando também uma pensão mensal de 200 mil reis e teve uma vida muito boa. Acompanhou D. João VI quando a família real veio para o Brasil e quando retornou para Portugal.Tiradentes foi preso em 1789, justamente o ano em que se deu a revolução francesa e quando praticamente nascia a maçonaria no Brasil. 
Tiradentes usava como desculpa para ir ao Rio de Janeiro, fazer um
plano de “puxar água potável” para a cidade. É quase certo que Tiradentes esteve na França, onde se encontrou com Thomas Jefferson, pedindo ajuda americana para a independência do Brasil. A bandeira dos Inconfidentes, tinha como base um triângulo, que é 
o símbolo base da maçonaria. A cor vermelha deste triângulo, se deve aos brasileiros que se filiaram a maçonaria na França que era
de tendência republicana, enquanto que a maçonaria Portuguesa e Inglesa tinham tendências monarquistas e tinham como símbolo a cor azul. O enforcamento de Tiradentes se deu em 1792 no Rio de Janeiro, só que foi tramado que os inconfidentes seriam exilados e que toda a culpa seria somente de Tiradentes, que seria o bode expiatório. A armação foi bem feita e Tiradentes foi substituído por um ator de circo, o Sr. Renzo Orsini, que resolveu fazer o seu último papel, isto é, ser enforcado no lugar de Tiradentes. 
Tiradentes depois foi para Portugal, voltando depois ao Brasil e 
viveu até 1818 quando reinava no Brasil D. João VI,o qual lhe dava uma pensão. O historiador Assis Brasil cita que Machado de Assis, escreveu que Tiradentes morreu de um antraz (bacilo infeccioso que produz pústula maligna) e morava no Rio de Janeiro, na antiga Rua dos Latoeiros, que ficava entre a Rua do Ouvidor e Rosário, em uma loja de barbeiro, sendo que Tiradentes era dentista e sangrador (uso antigo de sanguessugas e sangramento), cuja abertura de negócio se deu em 1810 a conselho do próprio D. João  VI.Com o malogro da conspiração dos mineiros a maçonaria brasileira, muito sabiamente ficou quieta até melhor oportunidade, reaparecendo na Revolução Pernambucana de 1817 e que também fracassou. Novamente em 1822, a mesma proporcionou a independência do Brasil. 
Como se pode ver, a história Verdadeira é bem mais interessante, 
embora muitas vezes por comodismo optamos pela história Oficial. 

                                                            (www.pliniotomaz.com.br)

Tudo que aprendemos nos livros escolares é segundo as conveniências de pessoas que vieram da Europa para adaptar as espertezas. Quando descobrimos as verdades ficamos como adultos que deixaram de acreditar em coelhinho da páscoa, papai noel. Dá


O olho que tudo vê _ Sebastião Olímpio da Rocha
tédio ao saber das camuflagens que os escritores da época dos séculos 17,18,19... mentiram tanto para o povo brasileiro. Mas eram pagos por isso, tem razão! Mas as mentiras tem pernas muito curtas, um dia desvela-se as verdades, sobretudo na nossa contemporaneidade que temos a internet mostrando verdades e mentiras. Não sou maçônica, mas o que gosto mesmo é de rupturar as ignorâncias, gosto de provocar o senso comum, gosto da verdade e quem gostar mentira é masoquista porque acredita em mentiras de vários séculos e quando é revelado a mentira não quer acreditar na verdade porque prefere a cegueira, do que o lho que tudo vê.  

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O ovo e o coelho é um simbolismo pagão

Para início de conversa fico abismada ao ver tanta gente sem conhecimento, não sabem a origem de determinadas comemorações e sobretudo as pagãs que a
Igreja Católica as inverteram para suas conveniências temendo perder seu rebanho; como ela mesma trata de denominar seus fiéis. Foi e sempre será o paganismo mais forte nas suas tradições quer queira ou não. O simbolismo do ovo e coelho é pagão ele representa a deusa pagã Ostara anglo-saxão teutônica da mitologia nórdica e germânica, seu nome significa a Deusa da Aurora, conhecida também como Eostre, Ostera ou Easter. Ela representa também a primavera. segundo a lenda conta-se que Ostera de grande afeição por crianças e aonde ela chegava encantava com suas melodias e
magias transformando seres em outros. Então, elava ama entreter as pequeninas. Um dia veio um lindo pássaro voando e cantando para perto dela e a deusa o transformou em uma lebre, mas ao passar de vários dias as crianças perceberam que a pobre ave entristeceu-se pelo encantamento que deixou de ser uma ave que voava e cantava para ser outro animal, sobretudo nem voava e nem cantava. Mas um dia, as crianças começaram a perceber a tristeza da lebre e pediram Ostara transformasse o animal na sua verdadeira origem. Ela ouviu o pedido, mas foi inútil porque seus encantamentos só se realizavam
na primavera. Quando chegou a primavera Ostara devolveu a forma original da ave e
em agradecimento o pássaro ofereceu seus ovos para distribuir a todas as crianças que ali passasse.O cristianismo trocou a lebre pelo coelho. Embora haja pessoas ainda que querem sempre dizer que isso é coisa do comércio ou do diabo, mas não deixam de comer os deliciosos ovos de chocolate. Os ovos para muitas culturas antigas pagãs e
contemporâneas representam o universo, fertilidade, o sol. Hoje em pleno século XXI, as pessoas fazem as coisas mecanicamente, seguem tudo que está  na moda, nas datas comemorativas sobretudo as que também fazem parte da mitologia convencional. Não percebem que o cristianismo também é repleto de mitologias e buscar fortalece-lo com as pagãs. Aqui não estou fazendo apologia ao paganismo, mas mostrar que as pessoas precisam de ter mais conhecimentos
para que possam ser mais conscientes das verdadeiras fontes de cada simbolismo, crenças, mitologias e dentre outros assuntos
que são negados por questões de domínio seja a qualquer poder. Cada cultura possui suas crenças religiosas e deve respeitar sem impor a sua, existe o livre arbítrio para escolhermos seguir crenças ou não. Crença não é conhecimento, mas fé,
que está ligado ao emocional de seus credores. Percebo nas crenças pagãs uma ligação muito íntima com a natureza, sinto nisso, um humanismo racional e emocional belíssimo de se contemplar. Quantas mitologias pagãs belíssimas deixaram de ser divulgadas por causa das imposições segundo
as conveniências do aproveitador para dominar o alheio. A partir do título acima pude falar da origem da adaptação do simbolismo do ovo e do coelho, esse último suponho que sua troca foi para não ser a tal lebre da mitologia
pagã. A lua também é a deusa Ostara para os pagãos, e até mesmo conta-se que a deusa esculpiu a imagem da lebre para servir de lição para aqueles que gostam de impor: submeter os outros as condições forçadas, a não querer que suas vontades se sobreponha abafando a originalidade. Sempre decorei ovos, não sabia  que isso era uma prática tradicional pagã, já tenho dentro mim conhecimentos que depois se revelam nas pesquisas que faço, me sinto uma pessoa de forte sensibilidade, sou artista plástica, mas acredito que isso me faz ser o que sou. Para o olhar do artista tudo é interessante, acho lindas as formas que a natureza produz, por isso, todas às vezes que quebro
FELIZ OSTARA!
um ovo sinto uma certa tristeza porque é uma embalagem linda. Mas a parti disso comecei a decorar ovos e depois vi que
Ovo de avestruz decorado por mim ((Valdélia)
outras culturas e povos antigos gostam muito do simbolismo do ovo. Ganhei da minha mãe Amélia Alice de Barros, uma casca de ovo de avestruz  e o mesmo está decorando um centro da minha casa. Esse ovo como está sendo mostrado aqui ele ainda não havia sido concluído, depois o fotografarei e exibirei.
natureza-morta, mito e criatividade formam o conjunto com o centro

terça-feira, 8 de abril de 2014

Jean-Baptiste Debret _ o pintor francês que merece ser lembrado

 Esse grande artista francês nasceu em Paris na França, em 18 de
abril de 1768. Formou-se na Academia de Belas-Artes em Paris, foi um dos membros da Missão Artística Francesa mais conhecido pelos brasileiros devido suas obras ilustrarem livros escolares e
ainda nos dias atuais. Debret veio em companhia dos artistas
Auguste-Henri Grandjean de Montigny, Nicolas Antoine Taunay,
seu irmão escultor
 Auguste Marie Taunay e Joachin Lebreton como líder do grupo. A Missão Artística Francesa veio atender ao chamado de dom João VI  que queria que esses artistas registrassem todos fatos de sua vida no seu novo mundo. Debret é um artista fundamental para história do Brasil, foi um olhar eficaz que mostra os usos e costumes,tradições e sofrimento dos negros e indígenas que viviam submissos aos abusos dos europeus que se achavam superior aos
Açoites como lição para os demais negros
demais humanos. Debret testemunhou em suas telas as mais diversas cenas, sobretudo as condições do negro
escravisado e do indígena que também padeceu ao ter que sbmeter-se as crenças católicas e adequar-se as pesadas vestimentas. O atelier de Debret encontrava-se no bairro Catumbi situado na região do município do Rio de Janeiro. Catumbi em tupi é ka'á-tübi, significa " a folha azul"; também significa o nome de uma dança e o
O feitor
nome de um jogo de azar. Jean-Baptiste deixou registros sobre uma época de opressores e invasores que apesar dos pesares também influenciou na
Pobres recebendo esmola de negra
vida de todos brasileiros, principalmente os que primeiro habitavam no nosso país. Os negros são retratados em cenas de castigos, torturas, cenas de trabalhos pesados e cenas mais "sutis", por exemplo, os negros vendedores ambulantes, e também os que ajudavam nos cuidados da saúde, as amas de leite e dentre outras. Os negros eram pessoas que além de trabalhar sob castigos ainda restava-lhe uma grande sensibilidade de amor doava alguma de suas coisas para os pobres, achei muito interessante esta cena onde pessoas brancas mendigam e quem ajuda é uma negra. Pois bem, com tanto sofrimento ainda havia um bondoso coração como diz o senso comum. Enquanto os brancos os humilhavam eles entregavam-lhe seu sangue e suor

cenas que são reveladas nas obras do grande Debret. Ele foi um artista que focou o negro e o indígena com um olhar
intrigante e admirável por ser seres humanos e estavam em condições desumanas. Acredito que ele também ao pintar suas telas, também percebia e sentia a dor daquelas pessoas, mesmo estando na ambição de receber seus honorários, é claro. Mas o que importa é que, se não fosse
Oficina de sapateiros - Errou o serviço, tome palmatória!
essa ambição não saberíamos muito sobre a vida do negro e do índio. Não só o negro sofreu, mas o índio também, mas os africanos por serem talvez mais maleáveis foram os mais abusados sob o poder dos senhores portugueses. Segundo o Casa-grande & Senzala de Gilberto Freyre, o negro foi um ser humano plástico (moldável), por essa razão, os senhores, senhoras e
sinhá-moças do século XVII achavam melhor lhe dá com o negro do que com o indígena porque esses eram mais "ariscos", "bravos", "arredios". Não havia máquina fotográfica, mas olhar de Debret registrou os mínimos
detalhes. Não escapou nenhum flagrante de seu olhar fotográfico e
nem sua memória falhou em enviar para as telas as  ambições de colonizadores sádicos e doentios. Os negros eram castigados mesmo em serviço, vejam que tristeza, um negro trabalhando com o rosto fechado em uma terrível máscara. 

domingo, 6 de abril de 2014

A arte africana ultrapassa convenções e influencia outros artistas

 A arte africana é belíssima por valorizar o corpo como divino, o

geometrismo, as cores, por essa razão alguns artistas admiraram e ainda a admiram sua formar de expressar, por exemplo, o cubismo de Pablo
Mulher chorando _ Pablo Picasso


Picasso que foi influenciado pela concepção estética dessa arte tão de vanguarda. Segundo uma leitura que fiz em um site, não lembro

direito se foi nesse gênero de informação ou se foi no livro História

da Arte da autora Graça Proença que comenta sobre a concepção artística africana muito mais adiantada do que as europeias por não seguir o realismo
Pablo Picasso
(imitação da realidade como uma fotografia), nessa observação aponta-se que, na verdade, a arte africana é muito mais livre de convenções. Embora no Antigo Egito tenha sido uma arte de convenções e anônima devido o papel
que exercia segundo os preceitos da religião e que deveria ser volta para a crença na vida após a morte, que essa vida era mais importante do que a terrena, assim acreditavam o povo egípcio,  e assim, a arte deveria proceder ao convencionalismo e anonimato obedecendo sobretudo a lei da frontalidade, intencionalmente para difundir a vida extra terrena. Mas destaco a arte africana de modo geral, sua beleza, estilo, grandeza de concepção. Lembrando ainda que tanto na pintura quanto nos baixos-relevos o observador deveria compreender que aquelas obras eram representações e não o realismo. Ou seja, deveriam diferenciar uma pintura que
representasse um ser vivo e não o considerasse que fosse o próprio. Era assim que funcionava a arte egípcia. Mas vamos perceber que mesmo assim, esses artistas africanos do Egito fora muito ousados
ao fazer essas considerações representativas em sua produção
Uma ama de leite amamentando um bebê branco
artística. Ressaltando as demais imagens que estão aqui,  quero que observem tudo que venho comentando desde o início desta
postagem. Observem a importância que o corpo tem para os artistas e toda cultura africana, o geometrismo como racionalismo, as cores como valorização vigorosa buscando energia e demonstrando também alegria e uma concepção para além do senso comum. Para compreender sobre arte é necessário ter contato com ela na escola onde na nossa contemporaneidade cada vez mais ela vem buscando de volta seu espaço como o documento mais confiável de se acreditar, mas é preciso ter um
olhar perspicaz para perceber, sentir e apreciar. Os críticos de arte e os artistas sabem muito bem sobre esses valores. Não é qualquer pessoa que vá perceber a beleza da arte africana porque é uma arte
Crânios humanos decorados expressando suas crenças e rituais
de vanguarda. Vejam que beleza de estatueta não imita o
realismo, mas seu significado, seu geometrismo e estilo. Estou rompendo os esteriótipos de só expor a arte europeia porque nossa
cultura só consegue enxergar a imposta pelos europeus, e esquecemos de que existe a arte de um povo que influenciou muito
na formação da família brasileira. Gosto de rupturar as coisas que são rótulos, esteriótipos e muitas vezes sem
Abaporu _ Tarsila do Amaral
divulgação na mídia. Quanta beleza nestas máscaras! O geometrismo, simetria, estilo e expressão. Tendo o título dessa postagem que mostra a influência da cultura africana na produção
artística dos artistas brasileiros é salutar exibir algumas obras dessas maravilhosas pessoas que enaltecem a cultura de seres humanos
que contribuíram com seu sangue e suor para o desenvolvimento do nosso país. Nenhuma cultura é superior que a outra.