sábado, 16 de fevereiro de 2013

GIORDANO BRUNO O MÁRTIR DO LIVRE ARBÍTRIO



          Giordano Bruno nasceu em Nola (próximo de Nápoles), em 1548, e morreu em Roma, a 17 de fevereiro de 1600. Ele foi discípulo do filósofo Franscesco Patrizi, membro da Academia Florentina, ingressou na Ordem dos Pregadores aos 17 anos de idade, lá permanecendo por dez anos, chegando a ser ordenado sacerdote e a receber o grau de doutor em Teologia em 1575.
      Acusado de heresia, Bruno abandonou a ordem e se refugiou no norte da Itália, onde passou a ensinar. Sempre perseguido, viajava pela Suiça (onde se converteu ao calvinismo para deixar pouco depois), passou pela Inglaterra, França, Alemanha, voltando a Veneza em 1592.

        Em Londres, dedicou-se a ensinar na     universidade de Oxford, onde ministrou aulas sobre a cosmologia de Nicolau Copérnico atacando o sistema aristotélico. Depois de várias discussões, abandonou Oxford e rumou para França, onde, em 1585, após um debate público no Colégio de Cambrai, foi ridicularizado, atacado fisicamente e, por fim, expulso do país.
      Nos cinco anos seguintes viveu em inúmeras cidades _ Marburgo, Mainz, Wittenberg, Praga, Helmstedt, Frankfurt e Zurique _ dedicando-se a escrever sobre cosmologia, física, magia e a arte da memória.
     Esse grande filósofo teve um fim miseravelmente trágico porque ele queria uma reforma na Igreja católica, defendia o heliocentrismo de Copérnico, dizia que o universo é infinito e, que nele há vários outros mundos e com outros sistemas solares ao redor de outros planetas. Dentre outros assuntos voltados a Maria mãe de Jesus e, também do mesmo. Também ele queria pacificar a união da Igreja Católica com as outras religiões tornando assim, a igreja ecumênica, mas infelizmente esse homem de vanguarda nasceu num período muito ultrapassado do seu tempo. Hoje Já sabemos da existência de vários planetas fora da órbita de nosso sistema solar. Infelizmente a Igreja católica e as demais nunca foram amigas da ciência e da natureza. Sempre negarão o conhecimento científico e os fenômenos naturais.   
     Foi em Veneza que, Giordano Bruno foi denunciado pelo maldito nobre Giovanni Moncenigo porque ele protegia o filósofo em troca de seus conhecimentos, principalmente a arte da memória (mennemotécnica). Moncenigo pediu a Bruno que o ensinasse a arte da memória para que ele pudesse dominar as pessoas, mas o filósofo se negou por tal absurdo.  E assim, o nobre comerciante se sentindo magoado e humilhado pelo grande homem _ o entregou ao maldito tribunal da “Santa Inquisição”.
        Giordano Bruno foi considerado pela Igreja Católica como seu pior inimigo, segundo o poder eclesiástico o considerava pior do que um exército em guerra. Apesar do mesmo ter, o maior apreço pela religião católica, ele não foi poupado das torturas e nem da fogueira, pois suas ideias eram tão assustadoras para o poder dos eclesiásticos quanto o Jesus para Heródes que também temia perder o poder. 
         Até hoje seu nome é pouco divulgado, pois muitos livros de Giordano Bruno foram queimados e alguns foram para o índex (lista dos livros considerados perigosos para o conhecimento do povo). Além disso, ele nunca foi absolvido pela Igreja Católica, em quanto isso, Galileu Galilei foi lembrado pelo papa João II, mas faltou a absolvição do MÁRTIR DO LIVRE ÁRBÍTRIO porque ele amedrontou o poder eclesiástico com sua maravilhosa reforma do mundo religioso do cristianismo. Jesus padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, Giordano Bruno sob o poder do papa Clemente VIII.
           Podemos dizer que Giordano Bruno foi o precursor do ecumeniquismo. Mas quem foi que disse que a Igreja Católica tem a coragem de comentar isso para se redimir de seus terríveis erros? Morreram muitas pessoas inocentes torturadas das piores formas e também queimadas acusadas de bruxaria: os filósofos, as bondosas parteiras, benzedeiras, os alquimistas, enfim, os humildes camponeses.
          Já faz quatrocentos e treze anos da triste morte de Giordano Bruno, o queimaram vorazmente como queima de arquivo. Mas meu querido filósofo continua vivo nos que amam a vida, assim como ele dizia e defendia. Herói que sobrevive são os das histórias e quadrinhos e os das TV e cinema.
          Portanto, faço apologia e homenageio o maravilhoso mártir do livre arbítrio, Giordano Bruno. Esse homem nasceu muito antes do seu tempo, que deveria ter sido no século XXI. Salve Giordano Bruno!

          click no play para assistir 



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013