domingo, 4 de maio de 2014

Richard F. Outcault o precursor da tira em quadrinhos


" O Yellow Kid ou o Garoto Amarelo era o nome conhecido de Mickey Dugan, personagem principal de Hogan´s Alley, provavelmente a primeira tira em quadrinhos do mundo e uma das primeiras a serem impressas  em cores. Ela era desenhada por Richard Felton Outcault e apareceu pela primeira vez, de maneira esporática na
 revista chamada Trut, entre 1894 a 1895. Sua estreia oficial
aconteceu no jornal New York World no dia 17 de fevereiro de 1895, em preto e branco e a partir de 5 de maio, deste mesmo ano, passou a ser representada em cores, depois que passou a receber apoio dos personagens secundários. Apesar de sua estreia, o personagem já havia aparecido como desenho em satíricas políticas e em outros assuntos. Gradualmente Yellow Kid foi se tornando
parte das páginas de domingo e depois passou a aparecer várias
vezes na semana. Na época a tira do jornal foi descrita como um panorama teatral da cidade, que mostrava as tensões raciais do novo mundo urbano, o ambiente consumista, representado por um grupo danoso de habitantes da cidade de Nova Iorque, que gostava de 





lidar com coisas erradas. Yellou Kid era uma criança calva, desdentada, com um largo sorriso no rosto  e usava sempre uma camisola amarela. Vivia nas ruelas de um gueto ao redor de outras crianças igualmente estranhas. Todas as crianças falavam uma gíria própria dos ghetos e a camisola de Yellow Kid possuía algumas nela impressa, que tinha como objetivo satirizar os outdoors de propaganda. A cabeça de Yellou Kid era completamente raspada como se estivesse recentemente com piolhos, exatamente para representar uma visão comum entre as crianças que viviam nos guetos de Nova Iorque nessa ocasião. A sua camisola parecia ter pertencido a uma de suas irmãs mais velhas. Nas tiras de Yellow Kid foram utilizadas pela primeira vez o artifício de usar balões para mostrar as falas dos personagens, apesar do garoto somente se

comunicar através das inscrições que apareciam em sua camisola. Logo a imagem de Yellow Kid passou a ser um exemplo vivo de uma nova maneira de se fazer merchandizing e suas estampas apareciam constantemente nos mercados populares de varejo em Nova Iorque, próxima a área de propaganda e de outras
mercadorias como botões, cartões postais, cigarros, charutos, bolachas, chicletes, brinquedos e muitos produtos. Em 1896, Outcault foi contratado por um dos maiores salários pelo Journal American de New York  de Willian Randolph Hearst, onde eram
publicadas tiras de Yellow Kid coloridas, em página inteira, de
forma significativamente violenta e até mesmo vulgar, comparadas com as primeiras tiras para a revista Truth. Nessa época, Pulitzer, que detinha os direitos autorais de Hogan's Alley, contratou George Luks para continuar desenhando os personagens, que agora já não eram assim tão populares, para uma versão para world. Consequentemente Yellow Kid aparecia simultaneamente em dois jornais, que competiam um com o outro. Outcalt produziu três séries subsequentes de Yellow Kid em tiras para o Journal American, que não duraram mais que quatro meses.Como sucesso de merchandizing, as tiras de Yellou Kid se tornaram um ícone  de propaganda e representante do mundo mundo grosseiro e comercial, que originalmente ele mesmo havia satirizado. Mas depois de três anos as publicações de Yellow Kid pararam abruptamente em 1898, provavelmente por Outcault ter perdido o interesse pelo personagem ao perceber que não podia deter o controle comercial sobre o personagem. O último aparecimento de Yellow Kid aconteceu no dia 23 de janeiro de 1898, numa tira sobre tônico capilar. Pouco tempo depois, em 1 ano de maio deste mesmo ano, o personagem Yellou Kid aparecia sendo caricaturado de forma bastante satírica, como um homem velho, barbudo, careca usando uma camiseta verde." (www.tvsinopse.kinghost.net.)

Achei muito interessante este texto porque mostra a primeira tira em quadrinhos e também a origem da história em quadrinhos que é uma arte completamente recheada de criatividade. Também estou trabalhando em sala de aula. Principalmente porque o artista merece ser lembrado.

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