Sou uma mulher que revoluciono meu ser todos os dias, fazendo a metamorfose ambulante sem cessar. Muitas pessoas querem saber
quem sou eu, por essa razão vou relatar um pouco sobre mim. O momento agora está pertinente porque já completei meio século de vida, graças à mãe natureza. Nasci numa data muito linda, no dia 12 de outubro de 1964, nesse dia comemora-se o "Dia da Criança" e o dia da Padroeira do Brasil e dos cristãos católicos. Mas, para mim, o que considero magnifico mesmo é esse dia ser especial para todas as crianças. Considero-me eternamente criança: sou extrovertida, sensível, sorridente porque sorrir para mim é chorar de uma forma alegre, choro também igual criança quando sou magoada, mas também sou fácil de esquecer as mágoas como uma criança ingênua. Minha personalidade é firme e de muita originalidade, digo isso, porque pessoas que convivem comigo falam isso para mim, elas testemunham. Nasci no sítio Lagoa Seca município de Nova Cruz, sou uma pessoa que não me envergonho de dizer onde morei, minha originalidade começa por revelar minha idade e aonde nasci. É tolice negar nossa originalidade porque nascer no interior do interior não significa caipira. Sou uma pessoa de vanguarda porque observo o pensamento da maioria das pessoas e percebo muitas caretices delas em relação a vários pensamentos sobretudo sobre sexualidade, etnia, religiosidade e dentre outras coisas que geram desconforto ao senso comum. Acredito que meu modo de ser é exorbitante e muitas vezes me sinto meio excluída, mas não sei ser o que os outros almejam de mim. Sou Valdélia de Barros da Rocha morrerei macia como a argila e firme como uma rocha segundo minha personalidade. Não sou uma mulher como diz no popular viajada que conheço muitos lugares, minhas condições nunca me permitiram isso, mas nunca me impediu de saber sobre o mundo que me rodeia porque desde criança aprendi a voar nas asas de papel, gostava muito de ler o dicionário e também de ler a bíblia para depois filosofar sobre as coisas que eu não concordava. Debatia sozinha; comigo mesma porque se eu fosse procurar alguém da minha família seria muito constrangedor por as pessoas não compreenderem meus pensamentos filosóficos. Então, a viagem nas asas de papel me deixou muito racional, consciente sobre tudo que causa espanto ao senso comum. Meu presente de infância que mais gostei foi o livro AS MAIS BELAS HISTÓRIAS da minha mãe Amélia Alice de Barros, esse livro me deixava fascinada pelas fábulas e contos de fadas. Hoje temos a magnifica internet que viajo virtualmente, acho ridículo ver tantos adolescentes e jovens tão sem estímulo para estudar. Desde criança também gostei de observar a natureza e representá-la por meio do desenho, em 1970, eu desenhava a roupa da moda: calças de boca de sino como eram chamadas na época, calçados extremamente altos do jeito que ainda hoje sou apaixonada. Eu era uma garota franzina e muitas ficava fragilizada por gripe e até eu sofria de um tal cansaço respiratório, mas minha mãe com sua sabedoria popular e também a científica principalmente, procurou me curar desses males que é tão terrível para uma criança. Hoje, sou uma mulher saudável em relação as doenças respiratórias com resfriados ou gripes, essas passam por longe de mim. Sou filha de Amélia Alice de Barros professora aposentada e de Valdemar Antonio de Barros funcionário agente de portaria (aposentado) da UFRN _ Universidade do Rio Grande do Norte. Meus pais conceberam sete filhos cujo nomes são esses: Aluísio, Ozana, Ozaneide, José Jeová, Valquíria e Valderi esse dois últimos são os caçulas, mas o último é o irmão mais novo de todos, eu sou a filha mais velha dos meus pais. Casei aos 23 anos de idade com Sebastião Olímpio da Rocha a partir de nosso enlace atrimônio foi concebido nosso filho Semaarcoyres de Barros da Rocha, cujo nome me inspirei no arco-íris tendo em vista uma bela e forte simbologia: céu, mar, decomposição solar, aliança de deus e ainda complementando-se com o barro e a rocha formando tudo que existe na natureza representando o conjunto universal. Também erradicando o preconceito de gêneros. Iniciei minha carreira de artista visual (plástica) em 1987, minha primeira pintura foi um desafio muito grande porque iniciei com a técnica pintura a óleo que não é nada fácil para um principiante, mas eu fui autodidata e adorei me aventurar-se a pintar sem orientação nenhuma. Uma das coisas que me marcou profundamente foi o quadro Grito de Alerta que participou e ganhou em primeiro lugar na modalidade de pintura, isso aconteceu no 1º Encontro de Arte em 1999, promovido pelo artista plástico Clóvis Avelino e patrocinado pela prefeitura municipal de Nova Cruz/RN na gestão do prefeito Targino Pereira. Após isso, me ocorreu outra felicidade, fui aprovada no vestibular da UnP _ Universidade Potiguar de Natal _ curso de Educação Artística. Em 2006 fui aprovada no concurso para professores de Arte, ficando assim, com dois vínculos no Estado porque eu já lecionava no primeiro vínculo. Estou fazendo pós-graduação em HISTÓRIA, CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA cuja graduação me influenciará muito na minha produção artística expondo a cultura afro-brasileira para erradicar preconceitos que são tão arraigado na sociedade brasileira. Estou muito feliz por está relatando um pouco sobre mim e que ajudará também para as pesquisas dos colegas universitários e alunos das escolas que buscam conhecer os artistas da terra novacruzense.