O ser humano é o único ser por enquanto dotado de imaginação e jamais pensa em desaparecer por completo. Mas há uma coisa muito convincente de sua imortalidade e dos outros seres, embora o senso comum pense e uma vida sobrenatural. Mas o que eterniza alguém, seres vivos ou a história da arte. Ela é a mais fiel imortalizadora do ser humano, seja na na ciência, na literatura, na arquitetura, nas artes cênicas, nas artes visuais, nas nossas atitudes, nas nossas ações, é assim que nos nos eternizamos. Por que os/as grandes pensadores nunca morreram? Porque eles deixaram suas obras como legado e também contribuiu para o bem da humanidade fornecendo respostas ao que desejamos conhecer por meio de seus feitos. Michelangelo Buonarroti imortalizou-se na sua grande obra "O juízo Final" e nas outras tantas maravilhas feitas por suas grandes mãos, Leonardo da Vinci nas maravilhosas obras que já expressavam tecnologia e sues desenhos anatômicos, Van Gohg nos mais profundos de seus sentimentos conseguiu sua infinitude existencial através dos seus autorretratos, gira-sois, seu quarto solitário e acolhedor de seus sofrimentos. O livro O HOMEM
E A MORTE de Edgar Morin fala sobre o mito da imortalidade do ser humano mostrando a vontade de nossa espécie querer sua imortalidade expressando até no modo de sepultação e segundo cada cultura há variações, mas não deixam de almejar a eternidade. E os animais irracionais como serão imortalizados? Esses serão imortalizador pelo olhar do artista que percebe sua importância como ser vivo e, na pincelada do pincel ou na captura de uma câmera fotográfica ou de outras ferramentas tecnológicas consegue dá vida eterna por meio de sua arte. Um belo dia, meu esposo que é artista também apropriou-se de minha ausência, eu havia viajado, ele aproveitou a oportunidade e pintou uma tela coma a técnica abstrata. Fiquei meio chateada porque a tela era para eu pintar, mas ele foi o precursor. Depois com o passar de alguns dias me bateu um insigth, e logo por cima daquele amontoados de tintas pincelei flores e folhas, depois surgiu um besourinho morto e de cor preta meio sem graça por sua aparência não ser atraente aos olhos do senso comum que não iria achar aquele besouro nada interessante, o apanhei e colei em nossa obra para que o inseto pudesse ficar eternizado, e assim fiz. Graças a arte tudo pode se eternizar até um simples besourinho tão lindo em seu estado mortal e natural. O ser humano é único ser que acredita na imortalidade. Na verdade, o que nos imortaliza
é a sensibilidade de enxergarmos as pequenas coisas, e por meio da arte sabermos valorizar sua importância. Jamais eu saberia fazer o besouro com a vida que a natureza lhe deu. Mas lhe dei uma vida eterna na qual para o inseto tanto faz tanto fez, porque o interessante para o bichinho era viver. Aqui mostrando o quadro partes por partes para que vocês possam perceber o valor da arte segundo o olhar do artista. Devemos valorizar as pequenas coisas para que possamos enxergar o mundo na sua totalidade. A vida é feita de fragmentos que completam-se para se gerar o todo. A vida é uma arte que só a natureza sabe fazê-la, portanto, a IMORTALIZAÇÃO DO BESOURO é um olhar que tenho sobre todos os seres vivos que não se ostentam por sua aparência e anseia por algo desconhecido ou imaginário como a imortalização. Sinto-me agraciada por ter um olhar perspicaz, que me conduz aos sentimentos mais profundos do meu ser. Amo a natureza e sei que a
arte sem ela não tem valor algum. Amar a natureza é buscar sua imortalização por meio dela com a coadjuvante arte da natureza humana. A natureza auto-engendra-se e fecunda arte no cérebro humano _ inspirando seus abstratos pensamentos que serão materializados e imortalizados também. Esta obra é pura reflexão para todos possam sentir o valor da vida em qualquer ser vivo. A vida é bela é para ser vivida intensamente para eternizá-la.
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Obra de Valdélia e Sebatião Olímpio da Rocha
Técnica: óleo s/ tela
Dimensões: 40 cm x 70 cm
Título: Imortalização do besouro
Data: 11/10/2010 |