sexta-feira, 14 de novembro de 2014

GENTE GENUINAMENTE BRASILEIRA

Domingo dia 9 de novembro tive a honra de conhecer uma aldeia indígena, cujo nome Borel e os índios habitantes da mesma são
Estou sentada com o cocá do meu amigo índio
Júnior da Mestra Paulina
e ao lado uma amiga índia.
denominados de Potiguara. Fico imaginando quantos  brasileiros não sabem nada sobre o índio contemporâneo, pensam que ainda eles vivem nus e moram em ocas. Ao ser convidada pelo senhor índio e zelador de santo da umbanda do templo Caboclo de Oxossi pude ter o prazer de participar de um ritual do toré como também aprender a conhecer melhor pessoas tão brasilianas ou brasileiras como pronuncia-se atualmente. Nossa! Como é bom sair daquelas velhas estórias narradas por autores de livros tendenciosos que puxam o saco do europeu, que intencionalmente influenciou nossa gente genuinamente brasileira, pondo valores culturais estrangeiros que nunca mais sairá do meio dessa gente tão dignas de respeito a sua identidade étnica e cultura. O povo indígena sempre foi muito receptivos, por essa razão, é testemunha essa prática basta-nos visitá-los para constatar sua gentileza. Estou muito feliz por está agora em contato com pessoas tão verdadeiramente brasileiras. As pessoas e meus alunos perguntam coisas, por exemplo, se o índio vive nu, se come carne crua, coisas desse gênero por ter tido apenas acesso a velha e coroca literatura ocidentalizada. Então, digo a
O delicioso café da índia Geralda _ seu maravilhoso café que
tomei com beiju de mandioca mole.
Hummmm que delícia saboreei!
todos que me perguntam essas coisas tão ultrapassadas que, assim como, os índios foram violentados culturalmente e sexualmente, vivem vestidos, não moram mais em ocas, são atualizados nas tecnologias contemporâneas, possui seu carro, sua moto se alimentam como nós que muitas vezes se achamos muito "importantes". E é louvável o índio evoluir igualmente as demais etnias, porque eles foram influenciados pela cultura europeia e a qual eles ainda tem muito apreço, basta-nos vê-los falando em seus rituais ao Deus Tupã, que primeiramente falam no deus do cristianismo o qual foi forçosamente aprendido  pela catequese do padres jesuítas. Não só o negro fez e faz o sincretismo em suas crenças, mas os índios tolerantes aos absurdos eurocêntrico também fez e faz o sincretismo religioso com a religião cristã. Vejo que essa gente é muito mais que tolerantes, ela é de vanguarda porque aceitou algo que não é seu. Na verdade, com toda a sabedoria que os índio possuem além do amor a MÃE TERRA, acredito que os jovens índios devem estudar para resgatar seus valores culturais sobretudo sua religião que cultua o deus da raiz, da casca, da folha, da chuva. Mas que seja isso feito para que sua
Eu de blusa vermelha com pintura corporal no ritual do Toré _
invocando a deus Tupã a chuva. Estava dançando em circulo
com os demais indígenas e pessoas convidadas
pelo Sr. Ubiratan de Oxossi (índio que coordenou o Toré ).

cultura não morra no esquecimento, pois o homem branco ( europeu ) já estragou muito parte de sua cultura, principalmente na religião onde é tido a natureza como deusa viva e muito respeitada. Ouvi o cacique Francisco falando sobre que já pensava a respeito disso que já falei. Então ressaltei para que saibam o que ele falou é sabiamente bem pensado, e concordo plenamente com ele. Os nomes dos índios também foi outra grave influência que antes eram nomes relacionados a natureza, por exemplo, Jurema, Ubiratan nome que significa o nome da árvore pau-ferro e dentre outros. Seus nomes, por exemplo, Francisco, Maria, Geralda, Tiago e etc. são nomes dados ao índios no perídio ao qual os europeus invadiram o Brasil e colocaram nomes que não

tinha nada a ver com a cultura indígena. Os índios valorizavam a natureza, até seus nomes eram referente a plantas e seu deus Tupã. Que os jovens índios estudem e busquem aprender a resgatar sua cultura sem deixar de buscar o conhecimento científico, pois esse, é muito espinhoso, mas pode-se somar aos que já sabem. Portanto, tenho muito orgulho de ter amigos indígenas, espero contribuir por meio de minha amizade fortalecer sua sabedoria para que não esqueçam sua identidade cultural.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário