terça-feira, 8 de abril de 2014

Jean-Baptiste Debret _ o pintor francês que merece ser lembrado

 Esse grande artista francês nasceu em Paris na França, em 18 de
abril de 1768. Formou-se na Academia de Belas-Artes em Paris, foi um dos membros da Missão Artística Francesa mais conhecido pelos brasileiros devido suas obras ilustrarem livros escolares e
ainda nos dias atuais. Debret veio em companhia dos artistas
Auguste-Henri Grandjean de Montigny, Nicolas Antoine Taunay,
seu irmão escultor
 Auguste Marie Taunay e Joachin Lebreton como líder do grupo. A Missão Artística Francesa veio atender ao chamado de dom João VI  que queria que esses artistas registrassem todos fatos de sua vida no seu novo mundo. Debret é um artista fundamental para história do Brasil, foi um olhar eficaz que mostra os usos e costumes,tradições e sofrimento dos negros e indígenas que viviam submissos aos abusos dos europeus que se achavam superior aos
Açoites como lição para os demais negros
demais humanos. Debret testemunhou em suas telas as mais diversas cenas, sobretudo as condições do negro
escravisado e do indígena que também padeceu ao ter que sbmeter-se as crenças católicas e adequar-se as pesadas vestimentas. O atelier de Debret encontrava-se no bairro Catumbi situado na região do município do Rio de Janeiro. Catumbi em tupi é ka'á-tübi, significa " a folha azul"; também significa o nome de uma dança e o
O feitor
nome de um jogo de azar. Jean-Baptiste deixou registros sobre uma época de opressores e invasores que apesar dos pesares também influenciou na
Pobres recebendo esmola de negra
vida de todos brasileiros, principalmente os que primeiro habitavam no nosso país. Os negros são retratados em cenas de castigos, torturas, cenas de trabalhos pesados e cenas mais "sutis", por exemplo, os negros vendedores ambulantes, e também os que ajudavam nos cuidados da saúde, as amas de leite e dentre outras. Os negros eram pessoas que além de trabalhar sob castigos ainda restava-lhe uma grande sensibilidade de amor doava alguma de suas coisas para os pobres, achei muito interessante esta cena onde pessoas brancas mendigam e quem ajuda é uma negra. Pois bem, com tanto sofrimento ainda havia um bondoso coração como diz o senso comum. Enquanto os brancos os humilhavam eles entregavam-lhe seu sangue e suor

cenas que são reveladas nas obras do grande Debret. Ele foi um artista que focou o negro e o indígena com um olhar
intrigante e admirável por ser seres humanos e estavam em condições desumanas. Acredito que ele também ao pintar suas telas, também percebia e sentia a dor daquelas pessoas, mesmo estando na ambição de receber seus honorários, é claro. Mas o que importa é que, se não fosse
Oficina de sapateiros - Errou o serviço, tome palmatória!
essa ambição não saberíamos muito sobre a vida do negro e do índio. Não só o negro sofreu, mas o índio também, mas os africanos por serem talvez mais maleáveis foram os mais abusados sob o poder dos senhores portugueses. Segundo o Casa-grande & Senzala de Gilberto Freyre, o negro foi um ser humano plástico (moldável), por essa razão, os senhores, senhoras e
sinhá-moças do século XVII achavam melhor lhe dá com o negro do que com o indígena porque esses eram mais "ariscos", "bravos", "arredios". Não havia máquina fotográfica, mas olhar de Debret registrou os mínimos
detalhes. Não escapou nenhum flagrante de seu olhar fotográfico e
nem sua memória falhou em enviar para as telas as  ambições de colonizadores sádicos e doentios. Os negros eram castigados mesmo em serviço, vejam que tristeza, um negro trabalhando com o rosto fechado em uma terrível máscara. 

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